sexta-feira, 29 de agosto de 2008

DICAS DE REDAÇÃO

Para começar... é só começar!


No momento de redigir um texto, uma dificuldade que é bastante comum: como começar? Como colocar no papel as idéias, dando-lhes um ordenamento lógico e coerente?A resposta pode parecer óbvia, mas é uma provocação proposital. Comecem pelo começo! Calma! Antes que tenham vontade de esganar-me, vamos a uma pequena metáfora. Como devemos começar a construção de uma casa? Se você disse “comprando os materiais”, errou! Uma casa começa a ser construída pelo terreno, pelo revirar da terra, pelo mato sendo arrancado, pelo trator, pela enxada. Imagem ainda distante da casa verdadeira, concreta e bem acabada. Antes mesmo, é necessário que haja um projeto, cujo início são rabiscos, esboços desmanchados e reescritos de maneira sôfrega sobre um papel fino e transparente. Sabem qual o maior erro de quem vai escrever um texto? Imaginar que ele deve “nascer pronto”! Com princípio, desenvolvimento e conclusão; parágrafos ordenados, conforme mandam os manuais! Senhores e senhoras, trago boas-novas, como disse o poeta! Comecem RABISCANDO! Isso mesmo! Sua futura casa, com azulejos coloniais e mármore branco, deverá nascer dos escombros do seu inconsciente para vir à tona, magnífica e bela. Peguem a folha de papel e pensem nela como algo que, primeiro, deve ser rabiscado, com idéias soltas, inicialmente desconexas. É o seu interior que fala, pulsa, latejando de vontade de expressão. A tribo da Matemática rabisca continhas nos cantos do papel... Os físicos e químicos têm pranchetas onde anotam possíveis resultados, antes da comprovação. Os químicos, antes da mistura final, ensaiam, escrevem, anotam. As costureiras, antes do molde definitivo do belo vestido que enfeitará os salões, anotam as medidas em pequenos papeizinhos. Por que diachos ensinam aos pobres redatores que seu texto tem que nascer pronto e acabado?Se o tema a ser desenvolvido é Ecologia e a primeira imagem que lhe vem à mente são árvores, riachos e peixes e você quer fazer desenhos, permita-se! Deixe que seu artista interior fale... Depois de alguns minutos rabiscando, desenhando, deixando brotar palavras soltas, perceberá que as frases começam a surgir e que o emaranhado de coisas sobre o papel vai forçar o nascimento do sentido. Perceberá que determinadas palavras são boas e lhe servem, outras podem ser descartadas.Ficará mais fácil organizar o seu pensamento e as idéias, ordenando e colocando juntas aquelas que têm afinidade. Eis a sua coerência surgindo. Eis a clareza sendo construída. Eis a sua casa sendo edificada, da maneira como uma casa deve ser erguida, do chão ao teto, nunca ao contrário. Aos que têm dificuldade em começar, faço o convite: tentem! Você lhe proporcionará uma grata surpresa!


(Ney Mourão - Jornalista, poeta, redator publicitário, especialista em Educação a Distância. Webmaster do site Redação Criativa. Mesmo não sabendo desenhar, elabora desenhos mentais, no momento de iniciar um texto)

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

GABARITO DO SIMULADO DE INGLÊS

Manhã

8ª Série
1-A 2-D 3-C 4-E 5-A

1º Ano
1-E 2-D 3-A 4-B 5-C

2º Ano
1-B 2-A 3-A ou C 4-B 5-D

3º Ano
1-B 2-A 3-C 4-E 5-D

____________________________

Tarde

7ª Série
1-B 2-A 3-B 4-A 5-E

8ª Série
1-D 2-D 3-A 4-C 5-E

1º Ano
1-C 2-A 3-A 4-E 5-E

2º Ano
1-B 2-D 3-A 4-C 5-B

3º Ano
1-E 2-D 3-D 4-E 5-A

____________________________


Noite

201/202/203

1-A 2-E 3-D 4-D 5-E

domingo, 17 de agosto de 2008

Qual a diferença entre Diego e Cielo?

Ambos tinham retrospecto que indicava estarem entre os melhores desta Olimpíada, além de confirmarem as marcas e metas pessoais nas classificatórias em Pequim. Ambos estavam seguros do potencial e do que iriam fazer em cada prova: o tempo que iria abaixar a cada série, os pontos que planejava alcançar a cada apresentação.
Tudo certo e muito parecido na história dos dois atletas, mas um foi Ouro e o outro foi 6o. Qual a diferença, então, entre os dois??? É o tal "psicológico" que às vezes entra e às vezes não entra junto com o atleta na disputa??
Vamos colhendo algumas pistas e, quem sabe, até o final da Olimpíada a gente consegue entender melhor esses fenômenos. E não devemos esquecer que, entendendo o fenômeno esportivo estaremos mais próximos de nos entendermos como povo.
Mas, voltando à nossa questão inicial, qual a diferença entre Diego e Cielo, por que um venceu e o outro falhou na decisão? Será que Diego Hypólito relaxou cedo demais e terminou a série antes do último salto? Por que não deu certo, o que pesou tanto nas pernas do ginasta?
Jade Barbosa disse ao final da sua participação que estava aliviada por ter chegado ao fim. Acaba a Olimpíada e junto termina a tensão, a pressão e o medo. A psicologia esportiva aponta que o caminho mais rápido para acabar com a angustia da disputa é a derrota: é muito mais eficiente relaxar e perder, do que se superar para vencer. Medo de não corresponder, tanta gente para pedir desculpas se perder, muita coisa para as cabeças dos nossos atletas. E muito mais para os atletas que caem na graça da imprensa e dos grandes conglomerados de comunicação, que passam a acompanhar cada passo, cada competição preparatória, cada promessa.
E aí temos uma boa diferença entre Diego e Cielo: enquanto o ginásta estava quase toda semana na mídia, o nadador estava quase escondido no interior dos EUA. Não que o Diego tenha se perdido nesse assédio, não estou culpando o atleta de "deslumbramento". Só estou tentando entender porque as coisas são assim.
(Blog da Ana Moser)

sábado, 16 de agosto de 2008

Adolescência e Catequese



Padre Antônio Mattiuz
Adolescência é um período de transição: vai dos 12 aos 17 anos. O adolescente não é mais criança, mas também não é adulto. Muitas vezes ele sofre porque não entende quem é e não sabe como comportar-se. Às vezes fica chateado porque é tratado como criança, enquanto que não é mais criança. Às vezes os adultos exigem dele as atitudes próprias dos adultos, enquanto que ele ainda não é adulto.
O corpo do adolescente vai amadurecendo em todos os sentidos.
Na parte afetiva, ele sente a força e os impulsos da sexualidade para a reprodução. Mas também sente que ainda não tem a maturidade necessária para ser pai ou mãe. Por isso fica cheio de dúvidas.
O adolescente tem plena consciência de sua liberdade. Às vezes ele a busca com tanta força a ponto de desrespeitar a liberdade e os direitos dos outros, principalmente dos pais.
A confiança que, como criança, ele tinha para com seus pais, avós, professores, catequistas ficou abalada.
O adolescente percebe que seus pais já não são os maiores e nem os melhores, que seus professores já não sabem tanto, que seus catequistas não são tão perfeitos. Ele constata que seus ‘heróis e seus ídolos’ também são de carne e osso como ele. Então seu mundo pode desabar.
Em geral o adolescente tem grande senso de justiça. Ele não admite nenhuma injustiça por parte de ninguém, embora ele mesmo possa ser injusto.
Com facilidade o adolescente é do contra. Rejeita o que os pais lhe ensinam: ‘meus pais são eles e eu sou eu’. Desobedece facilmente, não vai à Igreja, sai de casa sem avisar e sem dizer quando volta. Na rebeldia ele tenta afirmar sua personalidade e sua liberdade. Por causa disto, provoca muitos conflitos e sérios dissabores.
É na adolescência que a pessoa firma sua personalidade, que assume o que irá ser, que escolhe seus valores, seus princípios, sua ética, sua profissão por toda a vida.
A adolescência é o período das grandes escolhas da vida. Cada um será o que escolher. A vida dependerá das suas escolhas.
O processo da adolescência pode ser muito doloroso, mas também é muito satisfatório.
Alguns pais, com lágrimas, dizem: ‘Em que errei eu na educação?!’
Talvez errou pensando que conhecia bem seu filho adolescente; talvez por trata-lo como criança ou por considera-lo como adulto. Adolescente não é mais criança, mas ainda não é adulto.
É preciso tratar o adolescente com grande amor, muita paciência e com enorme compreensão. Precisamos dar-lhe sempre a liberdade com a responsabilidade: “Você é livre. Você conhece seus direitos e deveres. Faça o que achar certo e assuma as conseqüências de seus atos. Se você fizer besteiras, assuma as conseqüências, pois você não é mais criança. Conte conosco. Nós, teus pais, te amamos e só queremos o teu bem”.
O adolescente fica confuso, mas ele precisa muito das orientações dos adultos, principalmente dos pais e catequistas. É preciso ajuda-los pois é na adolescência que a pessoa constrói o grande edifício de sua personalidade na honestidade, coerência e justiça ou na desordem.
Via de regra o adolescente sonha alto; não se contenta com a mediocridade. Por isso na catequese é preciso apresentar-lhe uma religião cristã sólida, firme, segura, capaz de dar-lhe segurança. Se a catequese for infantil ou superficial, será jogada fora como qualquer brinquedo de criança.
O catequista precisa apresentar-lhe aquele Jesus do Evangelho: o filho de Deus feito homem, o salvador, a luz do mundo, a rocha firme, o caminho, a verdade e a vida, modelo para qualquer pessoa humana.
O catequista precisa ser coerente: viver o que ensina, ser testemunha e modelo de fé em quem o adolescente possa espelhar-se.
Hoje ele é adolescente, mas logo mais será adulto. Trate-o agora como gostaria de tê-lo tratado daqui a pouco, quando ele será adulto.

O autor é coordenador arquidiocesano da Pastoral da Catequese

VISITANTES Nº